domingo, 13 de fevereiro de 2011

"Alto do delírio"




Ultimamente não tenho publicado por falta de inspiração. E para resolver este problema resolvi usar uma técnica muito comum nestes casos: falar de experiências. O problema era escolher sobre que experiência deveria falar. Resolvi então aproveitar o fato de nunca ter escrito sobre uma coisa muito importante para mim e que estava nos meus planos quando decidi criar um blog. Vou relatar um treino de mountain bike que fiz hoje. Treino singular e duro.
Para quem ainda não sabe, eu sou atleta. Sou ciclista e pratico duas modalidades na bicicleta. Faço ciclismo de estrada (speed, bicicleta de asfalto com pneu fino e guidão curvo) e mountain bike (trilha, bicicleta de pneus mais grossos e com amortecedor). Participo de algumas competições e mesmo não sendo tão bom faço parte de uma equipe de uma cidade próxima à minha. Corro em algumas corridas pela região e outras que tenho a sorte de ser convidado. E justamente por causa de uma corrida que terei em breve, hoje fiz um treino especial.
Junto a um colega fui treinar em um lugar muito lindo. Na verdade, hoje vi uma das paisagens mais espetaculares que já tive a oportunidade de contemplar. Geralmente em treinos de subida em mountain bike passamos por lugares maravilhosos, mas não temos cabeça nem tempo para ficarmos olhando. A não ser quando temos algum problema mecânico necessitamos fazer reparos. Na verdade a paisagem que vi hoje foi muito mais do que um belo cenário para cartão postal. Foi um plano de fundo para uma nova visão do mundo. Estava precisando disto. Talvez estava precisando mais daquela paz verde que vivenciei no alto de uma das subidas mais fortes da região do que do treino físico em si.
Ultimamente minha mente anda me pegando peças. Tenho sentido algumas coisas que não são muito comuns. Uns pensamentos estranhos. Umas saudades estranhas. Um vazio sem sentido. E entre uma crise e outra deixo de observar muito o mundo ao meu redor, estou deixando fatos relevantes passarem e acabo me perdendo. Neste momento recolho-me a uma das minhas companheiras mais fiéis, que com a ajuda de minhas pernas me levam o quão longe geralmente preciso.
Mas em dias como este, depois de um treino tão legal, sinto como se minhas forças tivessem voltado. Apesar de ainda ter a mente confusa. Posso mergulhar naquele mar verde no “alto do delírio”(nome da subida, muito apropriado por sinal) rodeado por morros cobertos por uma manta ainda mais verde e escura e deixar-me levar pelo vento e o som dos pássaros que cantavam livremente suas melodias inspiradoras do cerrado.
Desta vez não tirei fotos, mas prometo que em breve voltarei lá e trarei fotos para postar aqui.

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