Dentro de algum tempo voltaremos à programação normal, no momento desculpe-nos pelos problemas internos.
atenciosamente, o indivíduo bipolar
Um blog criado para mostrar as coisas boas ou más que meus sentidos captem, sejam elas relacionadas ao esporte ou sentimentos humanos diversos.
domingo, 7 de novembro de 2010
unforgivable memories
I don't care about what are you going to do next,
even if my feelings are making me surrender
under a depression that I'm not able to be a defender,
but, by the way, your face is all at least.
free my mind! let me go foward,
I'm just tired to live in the past
take out from me all that rests
my heart was stolen and now my mind?
loves, desires, wishes of all types
I gave to you more than my eyes,
but I was inapt to preserve you.
my mistakes took you away from me
this is how life teaches us.
unfortunately, I didn't learn to live without you
even if my feelings are making me surrender
under a depression that I'm not able to be a defender,
but, by the way, your face is all at least.
free my mind! let me go foward,
I'm just tired to live in the past
take out from me all that rests
my heart was stolen and now my mind?
loves, desires, wishes of all types
I gave to you more than my eyes,
but I was inapt to preserve you.
my mistakes took you away from me
this is how life teaches us.
unfortunately, I didn't learn to live without you
Nostalgia angustiante
"So viele Menschen sehen Dich
Doch niemand sieht Dich so wie ich
Denn in dem Schatten deines Lichts
Ganz weit dort hinten sitze ich
Ich brauche Dich
Ich brauch dein Licht
Denn aus dem Schatten kann ich nicht
Du siehst mich nicht
Du kennst mich nicht
Doch aus der Ferne lieb ich Dich"
Tem sido difícil te esquecer. Não falo muito de você, mas seu nome tem ecoado em minha cabeça. Não pelo que vivemos, mas pelo que poderíamos ter vivido se não fosse minha covardia. Isso é normal?
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Alguns versos sem nome
Nada se compara
ao seu belo caminhar
ainda menos pobres versos
que não podem te tocar
para resolver este problema
minhas mãos vou usar
e com uma agulha bem pequena
no seu corpo vou tatuar...
mas quem dera ter o talento
para de ti poder roubar
depois de te provar meus sentimentos
uns beijos ao luar
(ok, podem comentar, versos podres)
Beijos, amassos, trocas e carícias.
Com lábios, braços, membros e barrigas.
que será o amor senão pura física?
entre partes, todos, bocados e outras listas?
então, não sentes?
se não te penetram palavras
quem dirá sentimentos?
Acredito que mentiras bem contadas
e verdades mal ditas
fazem parte deste jogo
de intrigas e carícias.
(não foram o que você esperava né?)
Preferes o calor ao frio,
a poesia à prosa,
o rock à bossa, a alegria à fossa.
tens razão nesta joça,
assim como desejo ir à roça,
talvez encontrar outra moça
e quem sabe eu possa
me dar bem nesta bosta
(estava meio puto!)
Quero que estes versos sejam teus,
embora sejam meus
e sei que preferes os seus.
(entenda)
ao seu belo caminhar
ainda menos pobres versos
que não podem te tocar
para resolver este problema
minhas mãos vou usar
e com uma agulha bem pequena
no seu corpo vou tatuar...
mas quem dera ter o talento
para de ti poder roubar
depois de te provar meus sentimentos
uns beijos ao luar
(ok, podem comentar, versos podres)
Beijos, amassos, trocas e carícias.
Com lábios, braços, membros e barrigas.
que será o amor senão pura física?
entre partes, todos, bocados e outras listas?
então, não sentes?
se não te penetram palavras
quem dirá sentimentos?
Acredito que mentiras bem contadas
e verdades mal ditas
fazem parte deste jogo
de intrigas e carícias.
(não foram o que você esperava né?)
Preferes o calor ao frio,
a poesia à prosa,
o rock à bossa, a alegria à fossa.
tens razão nesta joça,
assim como desejo ir à roça,
talvez encontrar outra moça
e quem sabe eu possa
me dar bem nesta bosta
(estava meio puto!)
Quero que estes versos sejam teus,
embora sejam meus
e sei que preferes os seus.
(entenda)
domingo, 24 de outubro de 2010
Chat avec un problème
Tem dias que encontramos adversários mortais em saber. É normal estarmos em situações de perigo, por pura ignorância dos fatos ou de propósito. Quando queremos desafiar o desconhecido estamos aprendendo de forma consciente, e isto funciona. Somos preparados para aprender com as coisas boas ou ruins. Quem nunca usou o exemplo da criança com o dedo na tomada? Por curiosidade, talvez, experimentamos propositalmente coisas pequenas que evitarão grandes erros.
Mas o que mais nos incomoda nesse processo de aprendizagem é o fato de que alguns desafios são surpresas. Somos apanhados assim, no meio da rua, no trabalho, em uma festa de aniversário de criança ou em casa mesmo (navegando pela net) por problemas, ou situações que fogem do nosso controle. Toda hora, estamos de frente para o nosso maior inimigo e não sabemos; o desconhecido. Não me refiro a pessoas, estas são visíveis e podemos imaginar suas limitações; a fala ou ação. O problema do desconhecido é que ele não tem forma, pode vir como pessoa ou pessoas, presentes, coisas materiais ou sentimentais. Esta última é a pior forma de desconhecido.
Como somos vulneráveis aos sentimentos! Eles desafiam a nossa lógica, põem em xeque nossa razão e podem destruir a nossa vida. Mas também, assim como as outras coisas da vida ele nos ensina. Aprendemos a ser mais cautelosos com as pessoas, mas também podemos reprovar na matéria e repetir os mesmos erros. Tudo normal.
Tem gente que não aprende só e precisa de ajuda. Quando esta pessoa é especial para nós, ficamos aflitos, precisamos ajudá-la. Estou assim no momento. Estou me afundando em um poço sem fundo com o objetivo de salvar uma pessoa especial para mim. Este desafio eu escolhi.
Agora, existem pessoas que entram em problemas, sofrem e saem muito bem deles. A estas pessoas eu dou meus parabéns. Quero ser assim quando crescer. Ainda estou na fase de encontrar problemas e ser derrotado, ou repetir erros. Mas isso tudo é normal. O que importa é evoluir!
É importante reconhecer nossos inimigos, eles podem estar bem perto, dentro de nós e não sabemos. Ou melhor, (amo alternativas incomuns) podemos brincar com nossos adversários, sorrir para eles e criar um possível ambiente imaginário para enviá-los. De vez em quando ir visitá-los seria bom... Sofrer também ajuda.
sábado, 23 de outubro de 2010
Acontece que ao mundo falta leitura e sobra hipocrisia
Sou uma pessoa livre, pago meus impostos, trabalho para me manter. E se há alguém a quem ainda devo alguma satisfação é à minha mãe que está viva e cuidou de mim quando era incapacitado de fazer por mim próprio. Esta é uma dívida eterna que não nego.
Não entendo como as pessoas cismam de querer cuidar da minha vida e da vida das pessoas que estão ao meu redor. Sou bem capaz de cuidar de mim! Nunca pedi ajuda a ninguém para resolver meus problemas particulares, então danem-se! e deixem o nome das pessoas que eu gosto em paz! E se por acaso gosto de alguém, não é da conta destes curiosos e fofoqueiros o nível deste gostar.
Não ligo para as ofensas e injúrias que fazem comigo, se fossem sérias eu ligaria, mas os que fazem isso geralmente as fazem pelas costas. Covardes!
Espero que esta mensagem sirva para quem foi dedicada cada sílaba. Ou se esta pessoa não tiver a capacidade necessária de raciocínio, que me procure, se tiver coragem, e explicarei pessoalmente.
Não entendo como as pessoas cismam de querer cuidar da minha vida e da vida das pessoas que estão ao meu redor. Sou bem capaz de cuidar de mim! Nunca pedi ajuda a ninguém para resolver meus problemas particulares, então danem-se! e deixem o nome das pessoas que eu gosto em paz! E se por acaso gosto de alguém, não é da conta destes curiosos e fofoqueiros o nível deste gostar.
Não ligo para as ofensas e injúrias que fazem comigo, se fossem sérias eu ligaria, mas os que fazem isso geralmente as fazem pelas costas. Covardes!
Espero que esta mensagem sirva para quem foi dedicada cada sílaba. Ou se esta pessoa não tiver a capacidade necessária de raciocínio, que me procure, se tiver coragem, e explicarei pessoalmente.
domingo, 17 de outubro de 2010
Calma, calma eu explico.
Pois é, quem me conhece pessoalmente pode achar estranho que depois de tanto tempo sem postar uma foto que seja eu coloque uma mensagem otimista em meu blog... Tudo bem, eu não fui raptado por alienígenas ou coisa do tipo, mas estou em um momento interessante da minha vida pessoal. Não acho incoerente colocar uma mensagem destas, que até gostei de escrever... Pior seria colocar um funk. Aí sim, meus amigos mais próximos poderiam me mandar para o psiquiatra.
Uma mensagem otimista
Primeiro reflita nas coisas do dia de ontem, depois ame ou odeie, passe um tempo refletindo sobre suas ações. As pessoas que gostam de você de verdade não precisam provar nada, só isto basta. Entendi que nada do que eu faço pensando em alguém vai ser meu, mas sim para este alguém. As únicas coisas que realmente são suas são os sonhos. Ninguém tem o poder sobre ninguém e isto é tudo. Ame, sofra, cante, alegre-se, pedale, corra, mas faça alguma coisa; nunca espere que alguém faça algo por você. Se a fraqueza te alcançar, saiba que ela não pode ser mais forte e ainda resta o esgotamento. Nunca desista de nada, eu já desisti e me arrependo muito. Seja melhor que o outro, mas guarde isto contigo. Não deixe as opiniões dos outros te influenciarem, mas não deixe de verificá-las, pois as vezes pode nos poupar horas no analista. Enfim, leia e julgue se vale a pena seguir estes conselhos, não pelo autor, mas pelos sentidos das palavras.
domingo, 27 de junho de 2010
Cabelo, copa e doces
Sabe aqueles dias em que coisas acontecem quando outras deveriam acontecer, mas por causa de certos acontecimentos não acontecerão? Pois é, eu, professor, ia cortar o cabelo em dia de jogo do Brasil na copa do mundo. Alguma seleção sofreria por causa do jogo, mesmo em caso de empate, e eu continuaria cabeludo, mas não insatisfeito.
Para começar, do começo, este dito cidadão, eu, já moro atrás de um salão, que pertence à minha mãe, mas mesmo assim preciso contar com serviços “terceirizados” para resolver problemas capilares. Essa seria a primeira contradição da história. Como sou um professor sisudo geralmente não sou de deixar certas responsabilidades e procedimentos; como nunca sair com um grupo de adolescentes, mesmo que fantasticamente inteligentes e interessantes, que sejam meus alunos, para assistir a um jogo de futebol, esporte que não me apego tanto por vários motivos inclusive os que me levaram a escrever este texto.
Há uma semana que já pensava em cortar o cabelo, mas não o fiz por falta de tempo ou simplesmente por preguiça. Mas a situação começou a tornar-se insuportável. Os cremes para pentear já me estavam deixando com um capacete por sobre a cabeça. Mas decidi que depois das aulas iria cortar o cabelo. Missão quase impossível. Pois apesar de ser dia útil meu cabeleireiro estava fechado, assim como toda a cidade, talvez o estado e não seria exagero dizer o país. Tudo isso devido a um jogo de futebol. Ópio do povo que faz tudo virar festa ou choro. Neste meu enredo que não estava tão bem enredado já que falhou, fui convidado por meus alunos a fazer parte de sua peça e deixar meus planos. Mas não poderia, planejei, tenho que cumprir.
Bem, não deixei de fazer uma mudança em minha cabeça neste dia. Tudo bem que não foi capilar, a mudança foi bem mais profunda. Larguei meus planos e resolvi embarcar nessa viajem com um grupo de pessoas mais jovens que eu. Não que me ache velho, mas já estou começando a parecer. O trabalho faz isso. Pois bem, curti um dia de ensino médio novamente, até pareci interessado por futebol e mesmo com o cabelo grande e preso pelo creme, levei as mãos à cabeça em lances perigosos. Me diverti como não fazia a tempos, assisti filmes e comi açúcar como sempre gostei, rodeados por pessoas que apesar de pouca idade e experiência sabem levar a vida muito bem.
Só cortei o cabelo no outro dia e decidi fazer algo diferente, algo do tipo Cristiano Ronaldo. Em uma tarde muito legal meus alunos me mostraram que ainda posso aproveitar a vida que tenho apesar das intempéries. Naquele dia assisti a uma peça à qual já fui personagem, vi cenas que já protagonizei. E paradoxalmente aprendi que posso continuar a me divertir, apesar de ter que enfrentar uma sala dos professores, uma coordenação e turmas difíceis. Entendi que há, inocentemente, na mente de meus alunos uma busca por referências e não somente por conceitos. Posso ser o mesmo professor sisudo que adora a disciplina, mas agora posso entender um pouco mais que os planos podem ser mudados. E esse texto era para dizer que é impossível cortar o cabelo em dia de jogo da seleção na copa.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Férias ao coração
Espero que não me julguem covarde por abandonar mais essa paixão, posto que não é a primeira, mas talvez como a outra esta já faz parte do meu ser. Por vezes tentei parar de me iludir e seguir em frente em busca de um novo amor que fosse mais possível, menos difícil de se conquistar, no entanto parece que só procuramos o mais difícil sempre. Só quem já se apaixonou ao ponto de sentir que toda sua vida se resume a esse amor sabe do que estou falando. Somente quem já perdeu noites de sono e quando sonhava era só com ela, quem já deixou de se alimentar e quando comia pensava nela, quem se calava de amor, mas quando falava era somente sobre ela sabe o que sinto.
Essa paixão que queima me marcou diversas vezes, cicatrizes que não se apagarão jamais. Assim como a outra, que não considero menos importante por não ser a única, machucou muito, mas sempre acho conforto em seus braços, mesmo que nos sonhos, isso no caso da primeira, uma vez que é platônico, já a segunda pude viver intensamente. Por que então parar com esse amor se ele foi completo? Simplesmente porque o quero assim para sempre. Por este amor deixei de viver para o mundo e fiquei, por vezes sem amigos, pois os afastei para amar.
Não se confunda se falo de amor e paixão ao mesmo tempo, pois o amor não existiria sem paixão, quem ama se apaixona várias vezes pelo mesmo ser amado. Continuo apaixonado e amando as duas, mas sinto que tenho que me concentrar mais em mim, pelo menos por enquanto. Vou usar a saudade como alimento para esses amores. Pois ainda conquistarei a pessoa que amo e voltarei à minha bicicleta.
Fiat justitia et ruat caelum.
A incrível capacidade de raciocinar e articular nossos pensamentos é nossa preponderante diferença de nossos ancestrais chipanzés. Esta capacidade fez com que nossa espécie sobrevivesse a todas as pragas por nos propiciar a possibilidade de testar e memorizar procedimentos de recuperação. Uma vez li que inteligência não é apenas memorização, mas o processo conjunto de memorizar e acessar informações com rapidez e discernimento.
A indubitável credibilidade racional do ser humano o fez aprender, evolutivamente, que a vida poderá ser muito mais segura e furtiva se os indivíduos se organizarem em sociedade, onde cada um é responsável por uma determinada função. Desta forma o membro desta sociedade que não for participativo ou que for inadequado seria posto à margem, ou seja, fora do centro que articularia os pensamentos regentes da sociedade. A esta atitude correspondente a ética foi designado um tipo específico de pensamento, o censo comum.
Com o senso comum cada indivíduo passou a possuir a capacidade de orientar, guiar ou até mesmo julgar atitudes, próprias ou de seus próximos, com o intuito de manter a sociedade. Assim torna-se compreensível a reação pública diante de casos que comovem a nação. Nosso país acaba de passar por uma situação parecida. O povo se uniu para “auxiliar a justiça” a condenar um casal por infanticídio, crime contra os homens e contra Deus. A sociedade justa se mobilizou, apoiou a promotoria, vaiou a própria constituição que promove ao acusado a chance de defesa e mesmo que ninguém tenha visto o fato, afirmou veementemente a culpa do casal. E a justiça foi feita.
Magnífica! Foi a participação popular no caso. O homem tem a capacidade de ser justo. E a mídia foi fundamental. Fez coberturas fantásticas sobre o assunto, apresentou todas as evidências e deixou para nós, espectadores, a palavra final: culpados. Parabéns sociedade! Sinto-me orgulhoso, ainda mais pelo fato de que esse ano é ano de copa, quando o brasileiro sente-se mais brasileiro. Pena que essa euforia nacional não se faz tão presente na hora que o povo vai à urna.
Parece mágica, cadê o juiz dentro de cada um? Será que o brasileiro não tem a capacidade de correr atrás da justiça quando se julga seus “superiores”? Será que a fé na justiça e no Brasil desaparece? O povo deve se lembrar que ano eleitoral está mais para ano de apresentação de currículos. Somos nós que pagamos os seus salários e como tal eles nos devem prestar serviços, ou seja, podemos e devemos julgá-los e demiti-los por cuecas, meias, bolsas, pastas, bolsos, envelopes, contas na suíça e tudo mais que possa está recheado de nosso dinheiro. Cadê a justiça?
Julgamos bem os nossos semelhantes, mas a verdadeira escória fica de lado, não à margem. Eu gostaria que aqui se pregasse a lei islâmica, quanto a crimes, para eles o pior crime é o roubo, pois esse é o pai de todos os outros, e deve ser exemplarmente punido. Mas tudo bem, enquanto nenhum juiz condenar ninguém a perder a mão, vou comprar uma corneta para torcer pela minha seleção.
É ano de copa!
É ano de copa! É ano do Brasil! Não importa aonde formos não há fuga, vamos torcer pela seleção. Que o futebol é o esporte mais praticado no mundo não é novidade. Logo o fato de que existem mais países registrados na FIFA do que na ONU mostra que nosso país é tipo uma super potência. E isso é uma coisa para nos orgulharmos, porque nesse universo paralelo em que o planeta terra fosse plano, como antes de Colombo, e com traves nas extremidades o Brasil seria uma mistura de União Européia e Estados Unidos ao mesmo tempo.
Somos o país do futebol, acredita-se que todo brasileiro sabe jogar bola, ou pelo menos gosta de futebol. Mas a verdade é que somos um país tão popular que o fato de se tratar de um esporte assim fica evidente forçar-se tanto a barra. Ser popular não é tão ruim, afinal isso atrai turistas e seu dólares, euros, ienes, etc. E o futebol também não, ele acompanhou o país em momentos importantes como na primeira copa conquistada em 1958, mesmo momento da construção de Brasília; em 1970 durante a ditadura amenizou o sofrimento e orgulhou muita gente; em 1994, ano do tetra, o país em uma virada econômica fantástica com o plano real. Também devo citar que na América do sul, uma histórica rivalidade política também se reflete nesse esporte.
Mas o que então? Será que o Brasil só é futebol? E quanto aos outros talentos brasileiros em outros esportes? Hora ou outra se ouve falar de vôlei, basquete, formula 1, natação, atletismo, iatismo, patinação, raramente ciclismo e outros esportes. No entanto parece que todos estes são inferiores quanto à grandiosidade do futebol. Não obstante este esporte acaba sendo entendido por ópio do povo, expressão combatida por Roberto da Mata. Talvez esta fama se faça pelo fato de que o futebol já se encontra presente no imaginário nacional e isso se reflete em sua identidade.
O que torna esse esporte tão popular pode ser o fato de que é fácil, são poucas as regras, barato e envolve muitas pessoas. Isso anima as pessoas, cria um sentimento explosivo e essa paixão já motivou muitos cronistas como Nelson Rodrigues, João Saldanha e Armando Nogueira. De fato outros esportes acabam perdendo força e principalmente patrocínio. É o caso do ciclismo. Poucos são capazes de se manter neste esporte, caro e complicado. Aos poucos que ficam, lutam e se arriscam ficam as dívidas de peças caras e quase descaráveis.
Em vários países da Europa o ciclismo é um esporte muito praticado e incentivado, isso acaba tornando-o mais acessível. Aqui no Brasil vemos equipes se montando, ganhando corridas importantes, mas não são capazes de representar as nossas cores lá fora. Isso faz que mesmo com tamanha falta de estímulo se reconheça que este esporte sobreviva devido à paixão de seus atletas. Estes que treinam quase sem condições para enfrentar a difícil tarefa de permanecer no esporte.
Crônica monstruosa
O que seria de um monstro se não houvesse a beleza? Questão fácil de responder, o monstro não existiria e isso é óbvio; peço desculpas a quem ler por tamanha estupidez. Mas imagine que sem a beleza o monstro seria comum, ninguém teria medo dele, então, como seria sua vida? Provavelmente um monstro é forte, e poderia achar um bom emprego de segurança, ou mesmo de ajudante de alguma coisa, desde que seja necessária a força. Contudo acredito, lá no meu íntimo, que um monstro não goste de trabalhar, que ser monstro não é necessariamente uma profissão, mas deve ser uma forma de definição, de identidade. Um monstro está presente dentro de um grupo, ele não deve existir sozinho dentro de uma espécie, então essa espécie deve ter uma característica em comum, por se tratar de monstros deve ser a beleza.
Acho interessante pensar nisso, pois vários grupos agem assim; são classificados não por características que possuem, mas sim por aquelas que não lhe fazem presentes. Os pobres, por exemplo, são todos aqueles que não têm muito dinheiro, mas nesse caso pode se ter pouco ou nenhum, diferentemente dos monstros. Estes não devem ter nenhuma beleza, seja ela interior ou exterior. Devem ser feios. Não podem se dar ao luxo de ter sequer um dente são, um palmo de pele sem verrugas ou nem mesmo falar uma palavra educada.
Estas criaturas devem ser frias, grosseiras; devem ter chulé e não podem escovar os dentes. Não seria um monstro se não fosse ladrões, assassinos, destruidores da natureza. Um monstro deve ser cruel, bater na mãe, falar mal de todo mundo e ser cem por cento mal caráter. Não seria se nunca tiver deixado algum tipo de gosma no chão... Afinal não pode existir monstro que conjugue com beleza de alguma forma. No entanto o monstro não pode viver sem a beleza, mas lá dentro ele deve admirá-la do seu jeito. Todo monstro deve apreciar de forma monstruosa a beleza.
Então, finalmente chego a uma conclusão, sem a beleza um monstro não existiria, isso faz com que o monstro goste da beleza e talvez até perca algum tempo a observando, antes de destruí-la de alguma forma, é claro. Pois um monstro não deve ter uma só boa qualidade, eles devem ser totalmente feios, porque se tiverem só uma coisa de boa ele será um ser humano.
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